Em frente a certo brinquedo de um parque de diversões, havia uma placa bem grande alertando: “Proibido para crianças menores de 1,50 m”. Ao lado dessa placa havia uma régua enorme para medir quem pretendia se aventurar. Não adiantava a criança dizer que tinha a altura necessária. Também não adiantava insistir, argumentar, protestar, chorar, rolar no chão... Para brincar, tinha que passar pela régua, pois ela indicaria a altura real. A régua era o padrão da verdade.
No conhecido versículo que se encontra em Jo 14.6, Jesus diz:
“Eu sou a verdade”. Se você nunca meditou sobre esse versículo, talvez ele seja
apenas um pequeno verso poético e meio vazio na sua cabeça. Ou talvez você sempre
tenha imaginado que Jesus estava dizendo: “Vejam, eu sou verdadeiro! Tudo que
eu faço é verdadeiro e todas as minhas palavras são verdadeiras!”. A ideia,
porém, é mais profunda.
Jesus não disse que é verdadeiro, mas disse que é a própria
verdade. Ele não disse que se ajusta a um padrão perfeito de verdade, mas que é
o próprio padrão perfeito da verdade.
É como a régua do parque de diversões. Qualquer um que
dissesse ter mais de 1,50 m teria que provar que suas palavras eram verdadeiras
e isso seria feito através da régua, o padrão da verdade. Analogamente, Jesus
não é alguém que diz algo e depois comprava a verdade de suas palavras comparando-as
com um padrão. Ele é o próprio padrão. Todas as palavras, pensamentos,
cosmovisões, opiniões, teorias – tudo precisa passar pelo crivo dele para que
seja considerado verdadeiro.
Quando lembramos que Jesus é o logos no princípio, o Deus eterno presente na criação, aquele por meio de quem tudo foi feito, entendemos que faz todo sentido ele dizer: “Eu sou a verdade”. E crer que Jesus, mais do que verdadeiro, é o padrão da verdade, faz toda diferença na vida de um cristão.
__________
Autor: Rogério Camargo Nery
Originalmente escrito em 12/06/2021.
Nenhum comentário:
Postar um comentário